No primeiro momento é importante destacar que existe, no cérebro, uma área responsável pelo prazer. Sentimos prazer quando comemos o que gostamos, ao fazer sexo ou quando compramos algo, e essa sensação está integrada numa área cerebral chamada sistema de recompensa. Quando sentimos prazer na atividade, a tendência é repeti-la. Apesar de cada ser humano possuir mecanismos de ação e efeitos diferentes, a proposta final é a mesma, não importa se tenha vindo do cigarro, jogo, álcool ou drogas. A atenção do dependente se volta para o prazer imediato propiciado pelo uso da droga, fazendo com que percam significado todas as outras fontes de prazer.
A dependência é um processo de aprendizado, no qual o dependente químico, por exemplo, pela manhã já manifesta sintomas da abstinência e ao fazer o uso da sua droga ou comportamento de preferência, o desconforto diminui. Os sintomas da abstinência voltam no momento que o efeito agradável vai desaparecendo proporcionando o desprazer que a falta da química produz em seu organismo. O uso em determinado momento se torna vicio, transformando-se na doença, a dependência, na qual não existe cura e sim tratamento pelo restante da vida através de ajuda multidisciplinar inicialmente com uma internação e posteriormente com acompanhamentos periódicos com profissionais na área da saúde como o Psiquiatra, Psicólogo e os grupos de Narcóticos Anônimos, Amor Exigente e Nar-Anon. Para o dependente químico não existe o primeiro gole, um trago ou um “tiro”, pois o mesmo não possui controle ao realizar o uso da substância.
-Por Adriana Prado
Adriana Prado é Psicóloga, CRP 06/113672, trabalha em parceria com a Clínicas Revive na reabilitação de pacientes com dependências.Pós-Graduada em Saúde Mental, Coach de Família e Psicopedagoga. Com Experiência Profissional na Área da Dependência Química em Clínicas de Recuperação com atendimento especializado.
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